As invasões francesas
A primeira invasão francesa
Assim que entrou em Lisboa em 1807, o general Junot tomou de imediato várias medidas que desagradaram aos Portugueses:
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mandou substituir a bandeira portuguesa pela francesa no castelo de S. Jorge,
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demitiu a Junta de Regência,
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passou ele próprio a governar Portugal em nome de Napoleão Bonaparte.
Seguidamente, distribuiu por todo o território as tropas que comandava. Onde quer que chegassem, estas tropas assaltavam palácios, igrejas e casas, roubando tudo o que tivesse valor, matavam todos os que se lhes opunham, incendiavam povoações e destruíam culturas.
Perante tal situação, a população portuguesa reagiu espontaneamente fazendo frente ao invasor um pouco por todo o lado.
Entretanto, a Inglaterra, a quem tinha sido pedido ajuda contra os Franceses, desembarcou, em 1808, junto da Figueira da Foz, um exército comandado pelo general Wellesley – futuro duque de Wellington – a que se juntaram as tropas portuguesas.
Este exército anglo-português derrotou então o exército francês nas batalhas de Roliça e do Vimeiro, obrigando o general Junot a pedir a paz e a assinar um acordo – a Convenção de Sintra – pelo qual se comprometia a retirar de Portugal com todas as suas tropas, levando estas, porém, tudo o que tinham roubado.
A segunda invasão francesa
Em 1809, tropas francesas, entrando por Chaves e comandadas pelo general Soult, invadiram e devastaram o norte de Portugal chegando a entrar na cidade do Porto.
Foi nesta cidade que ocorreu a tragédia da Ponte das Barcas, na qual, milhares de portuenses, em fuga dos franceses, morreram afogados no rio Douro por ter cedido a ponte sobre a qual fugiam.
A forte resistência popular que o general Soult encontrou em todo o lado obrigou-o a retirar do país.
A terceira invasão francesa
Apesar de derrotado, Napoleão Bonaparte não desistiu de conquistar Portugal e, em 1810, Portugal voltou a ser invadido por um novo exército francês, agora por Almeida e comandado pelo general Massena.
Apesar de ter sido vencido na batalha do Buçaco, onde sofreu enormes perdas, o exército francês prosseguiu a sua marcha em direção a Lisboa até às Linhas de Torres Vedras.
As Linhas de Torres Vedras eram as primeiras de uma série de várias linhas de fortificações, com vários quilómetros de extensão, que tinham sido construídas para defender a capital portuguesa e atrás das quais se entrincheirara o exército anglo-português.
Derrotado diante das Linhas de Torres Vedras, uma vez que nunca as conseguiu ultrapassar, o general Massena deu-se por vencido e retirou-se de Portugal com as suas tropas.
Terminavam assim as invasões francesas a Portugal.