A Revolução Francesa e as novas ideias liberais

resumo A Revolução Francesa e as novas ideias liberais

A Revolução Francesa e as novas ideias liberais

 

Nos finais do século XVIII, em 1789, teve início, em França, uma série de acontecimentos que ficou conhecida por Revolução Francesa.

A Revolução Francesa foi desencadeada por burgueses e gente do povo que defendiam novas ideias, nomeadamente, as de que todas as pessoas são iguais perante a lei, isto é, têm todas os mesmos direitos e deveres; de que ninguém está acima das leis, nem sequer os próprios reis; e de que deveriam ser os cidadãos a escolher quem fazia as leis e quem os governava.

Animados por tais ideias, os revolucionários franceses decidiram pôr fim ao poder absoluto dos reis e aos privilégios do Clero e da Nobreza.

Estas novas ideias, conhecidas por ideias liberais, e que se resumiam em três palavras: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ganharam rapidamente apoiantes em toda a Europa e alastraram à América, estando na origem, neste último continente, da independência de muitos países latino-americanos.

Durante a Revolução Francesa, foram presas e executadas na guilhotina muitos milhares de pessoas, contando-se entre elas os próprios reis de França, Luís XVI e Maria Antonieta.

As novas ideias liberais e os acontecimentos em França assustaram os monarcas absolutos e o Clero e a Nobreza dos diferentes países europeus por se sentirem ameaçados no seu poder e privilégios e por recearem que lhes sucedesse o mesmo que aconteceu em França.

Assim, vários monarcas absolutos europeus entenderam-se entre si e declararam guerra à França.

Portugal e o Bloqueio Continental

 

O Bloqueio Continental

Nas várias guerras que a França se viu obrigada a travar, e de que saiu sempre vitoriosa, destacou-se um grande comandante militar francês, o general Napoleão Bonaparte.

Este general viria a tomar o poder em França e a governar este país como Imperador.

Depois de ter vencido, em várias batalhas, os monarcas absolutos mais importantes da Europa que ameaçavam a França, Napoleão Bonaparte conseguiu conquistar para o seu país vários territórios europeus e tornar-se um imperador temido e invencível.

Apesar de ter conseguido impor a sua vontade a todos os países do continente europeu, Napoleão Bonaparte não conseguiu vencer a Inglaterra que, por seu lado, dominava os mares e oceanos.

Para enfraquecer a Inglaterra, procurou impedi-la de fazer comércio com os vários países europeus, ordenando a estes últimos, em 1806, que fechassem os seus portos aos navios ingleses. Esta ordem ficou conhecida por Bloqueio Continental.

A fuga da Família Real para o Brasil

 

Por esta altura, quem governava Portugal era o príncipe regente D. João, no lugar de sua mãe, a rainha D. Maria I, que já era viúva e tinha enlouquecido. Este príncipe regente decidiu não cumprir o Bloqueio Continental porque Portugal era um velho aliado da Inglaterra e mantinha com este país importantes relações comerciais.

Assim, em 1807, Napoleão Bonaparte mandou invadir Portugal enviando um grande exército comandado pelo general Junot.

Quando este exército entrou em Portugal, por Castelo Branco, decidiu-se que a Família Real, protegida por navios ingleses, deveria fugir para o Brasil, onde estaria em segurança, dado que, se fosse morta ou aprisionada pelas tropas francesas, Portugal corria o risco de perder a sua independência.

A governar Portugal, em nome da rainha, ficaria uma Junta de Regência, formada por cinco ministros. Na sua fuga para o Brasil, a Família Real foi acompanhada pela Corte e pelos mais altos funcionários do reino, num total de 15.000 pessoas.

Fichas sobre o tema

Artigos recomendados

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *