Diversidade nos animais

DIVERSIDADE NOS ANIMAIS

Existe uma grande variedade de seres vivos que estão adaptados a viverem no seu habitat. A variedade de formas e de revestimentos dos animais contribui para a sua sobrevivência e adaptação ao meio em que vivem.

FORMA

Nos vários ambientes da biosfera habita uma grande diversidade de animais cuja forma do corpo é muito variada.

  • Forma fusiforme dos peixes (forma hidrodinâmica).
  • Forma esférica (ouriço-do-mar).
  • Forma achatada (raia).
  • Corpo alongado e cilíndrico (minhoca).
  • Corpo alongado das aves (forma aerodinâmica).

 

REVESTIMENTO

O corpo dos animais está revestido de modos diferentes. Esse revestimento permite principalmente:

  1. Proteger o animal do meio exterior (todos os tipos de revestimento);
  2. Impedir a perda excessiva de água (cutícula, quitina e concha);
  3. Regular a temperatura do corpo (todos os tipos de revestimento);
  4. Manter a temperatura do corpo (pelos e penas);
  5. Camuflagem.

Vertebrados

Animais que têm coluna vertebral, podem dividir-se em 5 grandes grupos:

  • os mamíferos – têm o corpo coberto de pele com pelos;
  • as aves – têm o corpo coberto de pele com penas;
  • os peixes – têm o corpo coberto de pele com escamas;
  • os répteis – têm o corpo coberto de pele com escamas, como as cobras e os
  • lagartos ou têm escamas e placas ósseas como os crocodilos e as tartarugas.
  • os anfíbios – animais de pele nua como a rã e a salamandra.

O revestimento dos vertebrados (animais com coluna vertebral) é a pele que pode ser nua, ter pelos, ter penas ou escamas.

Pele com pelos – os pelos estão fixos na zona profunda da pele (derme) e protegem o corpo do animal contra as variações de temperatura do meio (mamíferos – cão, golfinho, homem, rato, etc.)

Pele com penas – as penas estão fixas na zona profunda da pele (derme) e protegem o corpo do animal contra as variações de temperatura do meio (aves – pardal, pintassilgo, gaivota, águia, etc.).

Pele com escamas:

  • Escamas epidérmicas fixas na zona superficial da pele (epiderme) não protegem o corpo da temperatura exterior (répteis – cobra, lagarto, osga, etc.).
  • Escamas dérmicas fixas na zona profunda da pele (derme) não protegem o corpo da temperatura exterior (peixes – carapau, sardinha, salmão, etc.).

Pele nua – a pele é fina, húmida e escorregadia. Não protege o corpo da temperatura exterior (anfíbios – rã, salamandra, tritão, etc.).

 

Invertebrados

Animais que não têm esqueleto ósseo interno. Uns têm o corpo mole, noutros existe um esqueleto externo chamado exosqueleto.

  • Cutícula – pele muito fina que evita a perda excessiva de água (minhoca e sanguessuga).
  • Quitina – substância rígida que protege o corpo da perda excessiva de água (insetos – vespa, abelha, barata, mosca).
  • Placas calcárias – estas placas são parcialmente articuladas. Destas placas, podem
    partir espinhos calcários para fora do corpo desses animais.
  • Concha – serve de proteção contra os predadores ou perdas de água no caso dos
    animais terrestres.

    • Concha de uma só peça – concha univalve (búzio, lapa, caracol).
    • Concha de duas peças – concha bivalve (mexilhão, amêijoa, berbigão).
  • Carapaça – esta não cresce, por isso os animais sofrem mudas para poderem
    crescer e é constituída por quitina.
  • Quitina com calcário – forma a crusta, que protege o corpo mole do animal das
    agressões externas (caranguejo, lagosta, sapateira).

 

LOCOMOÇÃO

A maioria dos animais desloca-se à procura de alimentos ou de abrigo. A esta capacidade de deslocação dá-se o nome de locomoção.

Locomoção no solo

Na maior parte dos animais que se deslocam no solo, a forma dos membros está adaptada ao modo como os apoiam no chão.

Nos animais vertebrados o esqueleto é formado por ossos duros e resistentes que estão ligados entre si por articulações. Os ossos servem de suporte aos músculos que por sua vez, permitem o movimento.

1. Marcha

Se os animais apoiam no solo a planta dos pés ou a extremidade das patas. O homem apoia no solo as extremidades dos membros inferiores, deslocando-se por marcha. O urso assenta totalmente no solo as patas anteriores e posteriores. Tem marcha lenta.

2. Corrida

Quando os animais apoiam no solo só os dedos ou a última falange de cada dedo, protegida por um casco, deslocam-se por corrida. O gato e o cão só apoiam as falanges dos dedos, o que lhes permitem ter um movimento mais rápido

O cavalo e a zebra apoiam no solo apenas a última falange dos dedos, o que faz com que corram com muita facilidade. A última falange destes animais está protegida por uma placa muito dura – o casco.

A avestruz desloca-se apoiando no solo as patas compridas e fortes terminadas por dois dedos de grande tamanho, o que lhe permite uma superfície de contacto com o solo muito reduzida.

  • Os animais que andam lentamente apoiam no solo a planta das patas ou dos pés
    (urso ou homem).
  • Os vertebrados mais velozes apoiam no solo todas as falanges dos dedos (cão e
    gato); a última falange de cada dedo protegida por cascos (cavalo e zebra).

A redução da superfície de apoio aumenta a velocidade da marcha ou da corrida.

3. Salto

O canguru, o coelho, a rã ou o gafanhoto têm os membros posteriores maiores que os anteriores e músculos fortes que funcionam como molas; quando saltam o corpo é empurrado para a frente.

4. Reptação

O lagarto e o crocodilo têm os membros dispostos lateralmente em relação ao corpo; deslocam-se com o auxílio das patas, apoiando a parte ventral do corpo no chão.

A cobra desloca-se por ondulações do corpo, a este modo de locomoção dá-se o nome de reptação.

Locomoção no ar

Constituição das penas: as penas são constituídas por um eixo cuja base é oca. Desse eixo partem centenas de filamentos chamados barbas. Cada barba é formada por numerosos filamentos – as bárbulas.

A maioria das aves e dos insetos utiliza o voo como meio de locomoção, assim como, os morcegos que são mamíferos.

1. O voo das aves

As aves apresentam diversas adaptações ao voo:

  • Forma aerodinâmica;
  • Penas a cobrir o corpo, que facilitam o voo;
  • Asas;
  • Ossos ocos, delgados e com espaços cheios de ar;
  • Quilha, prolongamento do esterno;
  • Músculos peitorais fortes ligados às asas e à quilha;
  • Sacos aéreos; que estão ligados aos ossos ocos e aos pulmões, constituindo uma reserva de ar que facilita o voo.

2. O voo dos insetos

Os insetos possuem asas membranosas, leves, impermeáveis ao ar e endurecidas com nervuras de quitina. São os músculos ligados ao tegumento rígido dos insetos que movimentam as asas.

3. O voo dos mamíferos

O morcego é o único mamífero voador. Tem os ossos dos membros anteriores e dedos muito alongados, fortes músculos peitorais ligados ao esterno em forma de quilha e membrana alar membranosa e rígida.

Locomoção na água

Os animais aquáticos têm órgãos adaptados à deslocação na água.

1. Os peixes

Nos peixes podem encontrar-se diversas adaptações:

  • Forma hidrodinâmica ou fusiforme;
  • Escamas voltadas para trás;
  • Barbatanas que se podem agrupar em:
    • Barbatanas pares – peitorais e ventrais.
    • Barbatanas ímpares – anal, caudal e dorsal.

2. Os mamíferos aquáticos

Nos mamíferos aquáticos, como a baleia ou o golfinho, os membros anteriores estão transformados em barbatanas. A cauda está transformada numa grande barbatana caudal, que se move para cima e para baixo, facilitando a deslocação na água. Estes mamíferos apresentam também forma fusiforme.

3. Os anfíbios e as aves aquáticas

Nos anfíbios como a rã ou nas aves aquáticas como o pato e a gaivota os dedos dos membros posteriores estão ligados por uma membrana que facilita a locomoção na água. É a membrana interdigital.

4. Os invertebrados

Os invertebrados aquáticos, como a lula, o caranguejo e o camarão, possuem órgãos locomotores próprios para a deslocação na água ou nos fundos oceânicos. A lula, tal como o polvo desloca-se por propulsão a jato.

ALIMENTAÇÃO

Todos os animais precisam de se alimentar, mas o seu regime alimentar, ou seja, aquilo que comem é diferente.
Os mamíferos podem apresentar três tipos de dentes:

  • Incisivos – prendem e cortam os alimentos.
  • Caninos – rasgam os alimentos.
  • Molares – trituram e moem os alimentos.

Quando a dentição apresenta estes três tipos de dentes diz-se completa. Pelo contrário, a dentição é incompleta quando falta um dos tipos de dentes.

1. Dentição dos herbívoros

Os herbívoros (animais que se alimentam de vegetais) apresentam, em muitos casos dentição incompleta.

  • Os incisivos são longos, próprios para cortar as plantas.
  • Como não precisam de rasgar alimentos, não têm caninos, chamando-se ao
    espaço vazio barra ou diastema.
  • Os molares têm pregas para moer e triturar bem os vegetais.

Roedores – dentição incompleta (incisivos e molares) – coelho, esquilo, rato.

Herbívoros ruminantes – dentição incompleta (incisivos e molares) – vaca, boi.

2. Dentição dos carnívoros

Os carnívoros apresentam uma dentição completa.

  • Têm incisivos pequenos;
  • Os caninos são muito desenvolvidos, compridos e aguçados, próprios para rasgar a carne;
  • Os molares são pontiagudos para triturar a
    carne.

3. Dentição dos insetívoros

Os insetívoros apresentam uma dentição completa com todos os dentes igualmente desenvolvidos e pontiagudos, para perfurarem a quitina que reveste o corpo dos insetos.

4. Dentição dos omnívoros

Os omnívoros apresentam uma dentição completa:

  • Têm os incisivos cortantes;
  • Os caninos são fortes e pontiagudos;
  • Os molares têm cristas arredondadas para moer os alimentos.

 

Os bicos e as patas das aves

Os bicos das aves e a forma das suas patas estão relacionados com o seu regime alimentar, e com o modo como procuram alimento.

1. A forma do bico

As aves carnívoras como as aves de rapina (águia e falcão), têm bico forte e curvo, próprio para matar e despedaçar a presa.

As aves granívoras (pombo, galinha e pardal), têm o bico curto e forte para apanharem as sementes e frutos.

As aves omnívoras (corvo e pato-bravo) não têm um bico especializado, pois
capturam animais, sementes e frutos.

As aves insectívoras (pica-pau e cotovia), têm um bico fino, aguçado e forte para
apanhar insetos.

2. A forma das patas

  • Ave granívora – tem as patas adaptadas à marcha para poder procurar as
    sementes no solo.
  • Ave carnívora – as suas patas são fortes e com garras bem desenvolvidas que
    ajudam a agarrar e a rasgar a presa como as aves de rapina.
  • Ave insectívora – as suas patas são curtas e com dedos finos para poderem trepar
    como o pica-pau.
  • Ave aquática – as suas patas possuem membrana interdigital.

 

Comportamento alimentar

O comportamento alimentar dos animais, ou seja, a forma como obtêm os alimentos, é muito variado. Para a obtenção dos alimentos, os animais possuem:

  • Dentes, para a preensão e mastigação dos alimentos;
  • Patas com garras, para agarrar e rasgar os alimentos;
  • Bicos, para partir os grãos ou agarrar os alimentos.

 

O comportamento alimentar compreende várias etapas:

  • Nos carnívoros: atenção, descoberta, aproximação, captura, morte e refeição.
  • Nos herbívoros: deslocação, escolha, colheita e refeição.

REPRODUÇÃO

Uma das finalidades da vida de qualquer animal é dar origem a outros animais iguais a si próprio. Esta função chama-se reprodução, e é indispensável à conservação das espécies.

Reprodução sexuada e reprodução assexuada
➢ A reprodução assexuada realiza-se sem que intervenham dois animais de sexo diferente. Os novos animais são idênticos ao ser que lhes deu origem e podem surgir a partir de fragmentos deste. Este tipo de reprodução acontece em alguns invertebrados.

➢ A reprodução sexuada realiza-se com a intervenção de dois animais, um macho e uma fêmea, que normalmente se distinguem pelo aspeto exterior – dimorfismo sexual. Este tipo de reprodução acontece nos vertebrados e na maioria dos invertebrados.

Machos e fêmeas possuem órgãos próprios para a reprodução. Os machos produzem espermatozoides (células sexuais masculinas) e as fêmeas produzem óvulos (células sexuais femininas).

À união do óvulo com o espermatozoide dá-se o nome de fecundação. Desta união resulta o ovo que irá originar o novo ser.

 

Comportamento dos animais na época da reprodução

Durante a época da reprodução, os animais comunicam através de mensagens odoríferas, sonoras ou visuais e as paradas nupciais ou rituais de acasalamento reúnem o macho e a fêmea da mesma espécie.

Estes rituais depois do encontro permitem que a fêmea reconheça o macho, se sinta atraída por ele e, na maior parte das vezes, acasalem.

Parada nupcial: Comunicação Encontro Reconhecimento Acasalamento

 

O desenvolvimento dos novos seres

O desenvolvimento do novo ser começa após a fecundação. Esta pode acontecer dentro ou fora do corpo materno.

➢ Fecundação externa (o espermatozoide encontra o óvulo fora do corpo da fêmea). Acontece com muitos peixes e rãs.

➢ Fecundação interna (o espermatozoide encontra o óvulo no interior do corpo da fêmea). Acontece com os mamíferos e as aves, o número de óvulos produzidos é menor.

 

Animais vivíparos, animais ovíparos e animais ovovivíparos

Nos animais vivíparos o embrião (novo ser) desenvolve-se dentro do corpo materno. A mãe através do seu sangue fornece ao embrião as substâncias de que necessita (mamíferos).

Nos animais ovíparos o embrião desenvolve-se fora do corpo materno, dentro de um ovo. A gema e a clara fornecem ao embrião as substâncias necessárias ao seu desenvolvimento, (aves, rãs, tartarugas e muitos peixes).

Nos animais ovovivíparos o embrião desenvolve-se dentro do corpo materno, dentro de um ovo. A gema e a clara fornecem ao embrião as substâncias necessárias ao seu desenvolvimento, (víboras, salamandras, escorpiões e alguns tubarões).

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